O Grupo Wolfsberg

O Grupo Wolfsberg. Foto por Slack12.

Existem vários intervenientes no setor da prevenção da lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo. Desde organizações intergovernamentais como o GAFI, passando pelos sujeitos obrigados responsáveis pela implementação das medidas de prevenção, até às autoridades supervisoras como a Autoridade Bancária Europeia. Entre a miríade de intervenientes na prevenção, hoje queremos examinar o Grupo Wolfsberg.

O Grupo Wolfsberg é uma associação não governamental formada por 13 bancos internacionais. Este grupo tem como objetivo desenvolver estruturas e diretrizes para as instituições financeiras em matéria de prevenção da lavagem de dinheiro, conheça o seu cliente (KYC) e financiamento do terrorismo. O grupo adota o nome “Wolfsberg” devido ao castelo com o mesmo nome no nordeste da Suíça, local onde ocorreu a primeira reunião do grupo em 10 de outubro de 1993; mantendo esta localização em suas reuniões anuais.

Atualmente, os bancos que compõem este grupo são os seguintes:

  • Banco Santander (Espanha)
  • Bank of America (EUA)
  • Barclays (Reino Unido)
  • Citigroup (EUA)
  • Credit Suisse (Suíça)
  • Deutsche Bank (Alemanha)
  • Goldman Sachs (EUA)
  • HSBC (Reino Unido)
  • J.P. Morgan Chase (EUA)
  • MUFG Bank (Japão)
  • Société Générale (França)
  • Standard Chartered Bank (Reino Unido)
  • UBS (Suíça)

Atuações

Em outubro de 2000, foram publicados os “Princípios Antilavagem de Dinheiro do Wolfsberg para a Banca Privada“, sendo atualizados pela última vez em 2012. Esta ação foi a primeira realizada por esta entidade, posteriormente ao longo dos anos foram publicados mais documentos e recomendações sobre várias questões relacionadas com a prevenção da lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo.

Por exemplo, vale destacar seu guia sobre pessoas politicamente expostas publicado em 2017. Neste, são expressos critérios chave como a definição de PEP, o risco desses sujeitos, que dados são relevantes no momento de realizar o KYC a um PEP ou a necessidade de usar bases de dados de PEP para detectar este tipo de cliente.

Em maio de 2022, o Grupo Wolfsberg publicou um documento com as perguntas mais frequentes sobre a monitorização de notícias adversas. O Grupo advertiu que o uso de notícias adversas, ou outras formas de informação negativa, ajuda a aumentar “a consciencialização das instituições financeiras sobre o potencial risco de crime financeiro apresentado tanto pelos clientes atuais como pelos potenciais”.

Outro tipo de documentos que o Grupo Wolfsberg publica são os Questionários de diligência devida para correspondência bancária. Os mesmos são consensuais por esta entidade, têm a finalidade de auxiliar as entidades financeiras no desenvolvimento de seus processos de diligência devida em matéria de correspondência bancária.


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Por Álvaro Serrano.

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