
Atualmente, existem várias entidades e organizações que orbitam e participam de diferentes formas na prevenção do branqueamento de capitais e do financiamento do terrorismo. Uma dessas entidades são os FATF-style regional bodies — FSRB, organismos regionais do tipo GAFI. Atualmente, existem 9 FSRBs constituídos, como por exemplo o GAFILAT, todos integrados na rede de supervisores do GAFI. Uma dessas entidades é o Grupo de Ação Financeira do Caribe, que estende a sua área de atividade pela Bacia do Caribe, América Central e América do Sul.
A sua conceptualização remonta a maio de 1990. Nessa data, na região de Aruba, os países do entorno do Caribe delinearam 19 recomendações em matéria de prevenção do branqueamento de capitais, específicas para a região e complementares às emitidas pelo GAFI. Dois anos mais tarde, na cidade de Kingston — Jamaica —, Ministros e outros representantes dos Governos do Caribe e da América Latina promulgaram a Declaração de Kingston sobre a prevenção do branqueamento de capitais, na qual se estabelecem X elementos-chave:
- Acorda-se a ratificação da Convenção de 1988 das Nações Unidas contra o tráfico ilícito de estupefacientes e substâncias psicotrópicas,
- os Estados comprometem-se a implementar as 40 Recomendações do GAFI,
- estabelece-se uma primeira estrutura orgânica estável para organizar e operacionalizar o trabalho do GAFIC.
A Declaração de Kingston estabeleceu como órgão coordenador uma Secretaria. Esta entidade teria competências na organização e coordenação das avaliações dos Estados membros, bem como em «facilitar as necessidades de formação e assistência técnica dos membros do GAFIC». Esta Secretaria está sediada em Trindade e Tobago, local onde permanece desde a promulgação da Declaração de Kingston.
O GAFIC foi criado para prevenir o branqueamento de capitais, o financiamento do terrorismo e a proliferação de armas de destruição maciça. Este objetivo é alcançado através da implementação das Recomendações do GAFI, da cooperação mútua entre Estados e da monitorização das políticas nacionais dos países membros.
O GAFIC estrutura-se em torno de três órgãos principais: a Plenária, a Secretaria e diversos grupos de trabalho técnico. A Plenária, composta por representantes de todos os Estados membros, constitui o principal espaço de tomada de decisões. A Secretaria, com sede em Port of Spain, Trindade e Tobago, assume funções administrativas e técnicas, sendo responsável por coordenar as atividades decorrentes dos acordos alcançados na Plenária. Entre os grupos de trabalho estão o Grupo de Revisão da Cooperação Internacional, o Grupo de Trabalho do GAFIC sobre Assuntos do GAFI e o Grupo de Trabalho sobre Riscos, Tendências e Métodos.
Tal como acontece com outros organismos regionais semelhantes ao GAFI, o eixo central do trabalho desenvolvido pelo GAFIC reflete-se nas avaliações mútuas realizadas pelos seus membros. Estas avaliações implicam uma análise dos sistemas e mecanismos implementados pelos países para prevenir o branqueamento de capitais e o financiamento do terrorismo. Durante este processo, é avaliado o nível de conformidade com as 40 recomendações do GAFI, bem como os diferentes riscos a que o país avaliado poderá estar exposto.
As Avaliações Mútuas são desenhadas e implementadas pelos Estados membros do GAFIC. Por exemplo, o relatório de Avaliação Mútua de Belize foi elaborado por uma equipa de peritos das Bahamas, São Cristóvão e Neves, Ilhas Caimão e São Vicente e Granadinas.
Atualmente, o GAFIC é composto por 24 Estados e jurisdições:
- Antígua e Barbuda
- Anguila
- Aruba
- Bahamas
- Barbados
- Belize
- Bermudas
- Ilhas Virgens Britânicas
- Ilhas Caimão
- Curaçau
- Dominica
- Granada
- Guiana
- República do Haiti
- Jamaica
- Montserrat
- São Cristóvão e Neves
- Santa Lúcia
- St. Maarten
- São Vicente e Granadinas
- Suriname
- Ilhas Turcas e Caicos
- Trindade e Tobago
- Venezuela
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